Um diplomata francês aposentado e sua esposa brasileira compram uma velha fazenda abandonada, localizada numa ilha paradisíaca do nordeste brasileiro. Para surpresa do casal, ao chegarem na ilha descobrem que, em parte de seu terreno, existe uma pequena e isolada aldeia de pescadores, descendentes de uma antiga colônia alemã.

O receio do casal com a presença dos estranhos colonos se resolve quando os moradores se oferecem para cuidar da velha fazenda em troca de autorização para continuar vivendo na ilha.

Quatro jovens da aldeia são então enviados para trabalhar com o casal. Eles são loiros, altos, de olhos azuis e têm um especto sinistro: uma moça usa um tapa olho, outra manca muito visivelmente, um dos rapazes está cheio de cicatrizes no rosto e o último, é mudo.

Apesar da amabilidade inicial, o comportamento dos jovens vai aos poucos se transformando em algo ameaçador, misterioso e perigoso. A tensão entre o casal e os jovens aumenta a cada dia e um confronto inevitável está prestes a explodir.

Durante uma tempestade feroz que assola a propriedade, um dos jovens sofre um terrível ferimento. Com o intuito de cuidar do jovem ferido, o casal finalmente visita a aldeia. É um lugar muito estranho, e eles descobrem que os habitantes da ilha sofrem de uma síndrome incomum que mantiveram em segredo por décadas: eles não sentem dor.

Após um breve período de curiosidade mórbida e abusos de poder por parte do casal, a tensão entre patrões e empregados aumenta. Acreditando que os pescadores representam uma ameaça à sua propriedade e às suas vidas, o casal decide tomar uma decisão drástica que levará a um confronto violento e inesperado.

Um conflito de classes, territórios e fronteiras se instala, levando a um trágico desfecho: O paraíso tropical nunca mais será de ninguém.

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